Astronauta Mecanico

 

O MUNDO COMO OBRA DE ARTE CRIADA PELO BRASIL
Romance-ensaio de Renato Pompeu.
Projeto gráfico: Veruscka Girio (Astronauta Mecanico)
Editora Casa Amarela

23x16cm, 116 páginas
Acabamento lombada quadrada com aplicaçao de verniz uv (detalhes na capa)
Composto em fonte de miolo Minion Pro e capa em Helvetica Neue
Papel Chamois Bulk Dunas 80 g/m2

São Paulo, 2004.



A apresentação da personagem principal abre o romance-ensaio de Renato Pompeu, “O Mundo como Obra de Arte criada pelo Brasil” e diz muito sobre a trama e as intenções do autor. O corpo mestiço de Tatinha porta a bandeira do enredo; um grupo de pessoas, para comemorar a passagem do milênio, se reúne em uma grande cidade brasileira para produzir, na Internet, um samba-enredo virtual que tem o mundo inteiro como tema. É a “brasileirinha” que recebe e organiza as mensagens que chegam de dezenas e dezenas de países com sugestões de músicas e obras de artes plásticas a serem incluídas no samba. Também será ela a primeira a perceber a intriga internacional que se desenrola a partir da troca de mensagens com atos de guerra, terrorismo e até ataques a pessoas do grupo.
O que Renato Pompeu não diz sobre si mesmo – e o leitor terá o prazer de descobrir – é que além de escrever deliciosamente é um pensador de primeira linha e um erudito – qualidade essencial para o livro que dá uma aula instigante e divertida sobre a diversidade cultural do mundo. E é também através dessa diversidade e da possibilidade – ou não – da construção coletiva de uma obra de arte que o autor debate um dos seus principais temas de reflexão como jornalista e ensaísta – a possibilidade de uma globalização real, entre os povos, diametralmente oposta à globalização econômica que vivemos, nos objetivos, métodos e resultados.

 

fotos: Nino Andrés